VISUALIZAÇÕES'BABY&CADY

quarta-feira, 1 de março de 2017

3º temporada - This Girl (Piloto)


                                              Vida Nova                

Um ano depois.

 Depois desse um ano internada na recuperação, não vejo a hora de me jogar na minha cama ou caminhar no lago, sei lá, só quero esvaziar a cabeça. já estava saturada de ouvir sobre suicídio. Depois de um ano pensei que iria melhorar as coisas porém parece que cada dia piora mais. Dia a pós dia recebo mensagens de auto ajuda e pessoas querendo saber se eu estou bem. Mas poxa, eu estou. 
  Estou arrumando minhas malas para ir embora, ah graças a Deus, não vejo a hora de sair daqui. Porém não sei se estou preparada para encarar aquela cidade, aquelas pessoas, não sei cara. 
  Minha mãe e meu irmão chegaram, vieram me ajudar a pegar minhas coisas, logo assinamos todos os prontuários e as fichas medicas. Tive que me medicar e pegar algumas receitas mas tirando isso já estava pronta para uma vida normal de novo. 
  Uma coisa que aprendi nesses meses é que a vida é um presente maravilhoso, mesmo que você passe por momentos difíceis, não vale a pena se descartar assim. Um presente tão maravilhoso jogado fora é desperdício. Eu vejo o suicídio como fuga, você quer fugir, você quer aliviar sua alma e parece que cada vez vai ficando pior, a dor, a solidão e então você precisa acabar com tudo isso. Mas não paramos para pensar nas consequências, as pessoas em nossa volta. na família, amigos. Sabe, comece a valorizar cada momento bom, cada sorriso, eu digo que é o melhor remédio na hora da angustia, é se lembrar desses momentos bons. Sempre vejo fotos com legenda do tipo "...São momentos assim que fazem a vida valer a pena". Então faça ser real essa frase, quando tudo estiver desabando deixe aquele sorriso "bobo" ser o motivo de você se reerguer novamente. 

  Olhei para o lado e Kendall estava na porta me olhando com uma cara de bobo (risos)

Nat:  O que foi? (rindo)

Kendall: Nada... Só não quis interromper você olhando para a janela, parecia bem concentrada (risos)

Nat: Ah, só estava pensando...

  Ouvi alguns gritos vindos do corredor, parecia a mamãe
-- Natalia vamos!!! Os médicos acabaram de assinar a ultima receita. Você já pode ir pra casa (veio correndo me abraçando).

Pegamos as ultimas malas, e fomos descendo os corredores. Nem parecia que eu já estava livre daquilo...
  
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Uma semana depois.
  Acordei, o sol invadia meus olhos. Fui logo levantando... tomei uma ducha e coloquei uma roupa (Clique aqui).
Acho que estou sendo covarde, já faz uma semana e eu ainda não tive coragem de sair... Ah só mais um dia sem sair não vai fazer diferença né?!

 Desci para tomar o café e comer algo, a cozinha parecia vazia, tentei chamar alguém mas parecia que todos tinham saído. Depois de comer subi pro meu quarto peguei uma jaqueta e finalmente resolvi dar uma volta no parque.
 A cidade parecia diferente, era tão estranho. Depois de tudo que aconteceu meus olhos não conseguiam enxergar aquelas pessoas, as ruas, os carros, os casais abraçados no banco em frente a sorveteria com os mesmo olhares de antes. Eu me sentia sozinha, caminhando pelas ruas gelada e solitária.
  Depois de alguns passos, me sentei em um banco que havia em frente ao lago - ahhh esse lago, já ouvi e já vivi tantas histórias nesse mesmo lago - Não conseguia prestar atenção nos pequenos detalhes, porque algo me prendia a visão, algo que nem estava diante dos meus olhos, mas eu sentia ali, sentia o calor de alguém, alguém que eu já não via a meses. Eis a questão, quem será, Austin? Wesley? 
  Wesley se foi mas deixou um pedaço dele comigo, um pedaço do seu coração, deixou as lembranças, deixou o seu cheiro... ah aquele cheiro de creme de baunilha (risos) -- sorvete preferido dele-- Dizem que a dor do luto é eterna, pois é, parece que ela gostou da minha companhia. Mas eu sei que ele está bem, posso sentir essa paz, posso sentir...-respirando fundo tentando pegar o folego da brisa gelada que me invadia-- 

   Fiquei algumas horas naquele lago, acho que eu pensava estar bem, ou até mesmo conformada com tudo isso, mas o que ninguém sabia, ou até mesmo eu sabia, era que eu só estava ali porque tudo começou ali e por alguma razão eu achava que ele estaria ali, igual das outras vezes, por alguma razão eu achava que ele sairia de algum lugar pra me abraçar e tudo voltaria ao normal. Por alguma razão eu queria acreditar nessa possibilidade, eu queria mesmo... Ah como eu queria que tudo isso fosse um sonho, queria acordar e ele ainda estar vivo... como eu queria. Queria ter tido a chance de agradecer, agradecer por ter feita de mim a pessoa mais feliz do mundo. 



 De repente bateu a real, voltei para a terra e caramba -- enxugando umas lagrimas-- 
Porque acontece essas coisas né.
 Tenho que ir buscar um café e CARAMBA JÁ SÃO TUDO ISSO?! --olhando no relógio--
Levantei rapidamente do banco, fui pegando minha bolsa meio desesperada sem olhar para o chão e os lados. Me virei para ir á padaria que ficará em frente ao lago, quando de repente meu olhar se cruza com nada menos e nada mais que...

Nat: Austin? -- pensei em voz alta.

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  Ele estava do outro lado, parece que não me viu, estava com pressa... Não queria que ele me visse, na verdade não quero e nem pretendo, já fiz ele passar por muita coisa, não quero ser um peso na vida dele, não mesmo. 
  Sai em disparada dali, andando/correndo o mais depressa que eu podia. Parecia que meu coração ia saltar pela boca, CARAMBA AUSTIN, CARAMBA. 
Depois que eu sai da recuperação nunca mais tinha o visto, ele estava muito bem, será que já entrou para a faculdade? Será que ele está bem? Será que quer trabalhar com o que? ... Será que ... que está namorando? ah Natália para com essas bobeiras né --me dando um tapa--

  Cheguei em casa e fui logo comer alguma coisa, peguei um biscoito e fui assistir tv.
Porém a imagem do Austin naquela padaria não saia da minha cabeça.Tentei mudar de filme, troquei o filme porém... Droga, não será possível, porque você voltou?! Mudava novamente de filme e... droga Austin, droga. Até que eu adormeci no sofá.
  
 Alguns minutos depois...
 toc toc
-porta abrindo-

Me levantei rapidamente do sofá assustada e gritando.

Nat: MÃE!! MÃE...

- Oi Natalia (Custando falar pois estava cheia de sacolas do mercado)

Nat: Nossa mãe podia ter me ligado pra ir ajudar você né. (fui logo em direção a ela pra ajudar a fechar a porta)

- NÃO!! deixa a porta aberta. Tem uma pessoa que veio me ajudar a trazer as compras... (soltando uma risadinha de lado)

  Cheguei em frente a porta meio preocupada, de repente meu olhar paralisou, o barulho da batida do meu coração ficou tão alta que não conseguia ouvir meus pensamentos. Será que é sonho ou ele está realmente na minha frente. Novamente ele não me viu, olhei por alguns segundos até ele pegar todas as sacolas e se virar para fechar a porta. Foi quando eu sai correndo, parece bem clichê mas eu não queria vê-lo. Na verdade queria sim, era tudo o que mais queria, queria abraça-lo, ah mas cara... não quero isso para ele, a melhor coisa seria se ele fosse embora e continuasse assim, sem termos contatos. Então fui subindo as escadas o mais rápido possível e tentando calar o barulho insuportável do meu coração.

  Entrei no meu quarto, fechei a porta e meus pensamentos já tinham se calado. Mas então porque minha mão continuava suada e por alguma razão não sentia meus pés, queria tanto abraçar ele, queria tanto... Mas não suportaria perder outra pessoa, não queria isso para ele. Depois de tudo isso, ele merece uma pessoa boa, alguém que nao tenha uma bagagem tão pesada, alguém que possa retribuir toda a felicidade e todas as cores que ele trouxe para minha vida. E eu não sou capaz de trazer isso pra ele.
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Um comentário:

  1. Essa foi a primeira fanfic que eu li. Outro dia fiquei curiosa para saber se você havia feito alguma atualização, e aqui esta um capitulo maravilhoso como todos os outros S2

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Austin



Mahone

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